Biofórum - Connectivity at a small and large spatial scale: The example of larval and juvenile common sole Solea solea


18/11/2019

Sophie Delerue-Ricard (Universidade de Leuven) vai falar sobre conectividade ecológica e evolutiva.


Data: 20/11, quarta-feira


Horário: 10h


Local: Sala de Reuniões do CB


Obs.: a palestra será ministrada em inglês


 


Abaixo seguem mais informações sobre a Sophie e um breve resumo sobre o que será abordado:


Sobre a Sophie:


Sophie decidiu que queria trabalhar com Biologia Marinha ainda na sua infância, sempre apaixonada por ciência e movida pela curiosidade acerca dos processos enigmáticos do ambiente marinho. Ela completou sua graduação em Bacharelado em Biologia na Universidade de Toulouse III (França) e aproveitou uma grande oportunidade de se especializar em Ciências do Mar através de uma bolsa do prestigiado programa europeu de Intercâmbio, chamado Erasmus. Na ocasião, ela passou o último ano de sua graduação (2010) na Universidade de Bangor, no País de Gales, Reino Unido. Confirmando sua vocação para Ciências do Mar, ela foi selecionada nos três melhores programas franceses de mestrado nesta área e escolheu fazer mestrado em Oceanografia e Ambientes Marinhos na Universidade de Paris IV (França), devido à sua dimensão internacional. Logo após, ela foi contratada para desenvolver seu projeto de doutorado na Universidade de Leuven (Katholieke Universiteit Leuven – desde 1425), na Bélgica, tendo início em 2013 e concluindo no último mês de julho. Agora, ela tem orientado cada vez mais sua carreira para pesquisas marinhas aplicadas com foco no desenvolvimento sustentável e na busca por uma transição de sociedade mais ecológica.


 


Sobre a palestra:


Apesar de conectividade ecológica e evolutiva serem relacionadas com diferentes características biológicas de populações, ambas se sobrepõem no espaço e no tempo. Conectividade ecológica pode ser restringida pelo número de indivíduos na população, capacidade de dispersão e pelo ambiente. Conectividade evolutiva tende a ser restringida por tamanho efetivo da população, espaço (isolamento por distância), tempo (isolamento pelo tempo) e pelo ambiente (isolamento por adaptação). Aqui foram analisadas e interpretadas as conectividades ecológicas e evolutivas de uma espécie de linguado comum, Solea solea, habitante das áreas marinhas costeiras no NE do Oceano Atlântico.


Conectividade ecológica: Dados obtidos através de pescarias mostram variação considerável no recrutamento entre os diferentes anos e entre os diferentes locais através do Atlântico. Modelagem de partículas biofísicas indicam que temperatura e hidrodinâmica são importantes determinantes da variação espacial e inter-anual na conectividade e recrutamento entre os locais de desova e manutenção.


Conectividade evolutiva: Estudos empíricos ao largo da costa Europeia identificaram isolamento por distância e isolamento por adaptação como fatores chave. Estruturação genética local na porção leste do Canal da Mancha e no sul do Mar do Norte é sutil. Análises elementares indicam um reduzido nível de conectividade na porção leste do Canal da Mancha (mas veja Randon et al. 2019) e no sul do Mar do Norte (Delerue-Ricard et al. in review). Por exemplo, linguados jovens ao largo da costa da Bélgica se dividem em dois grupos, um leste e um oeste, o que tem ligação clara com características bentônicas e de hidrodinâmica. No entanto, linguados juvenis ocasionalmente se movem entre os sítios de manutenção, assim contribuindo para homogeneização genética. Ao sul do Mar do Norte, duração das larvas varia entre anos e populações, enquanto que as taxas de crescimento pós-estabelecimento também variam. Isto está de acordo com os achados de que a disponibilidade de habitat é um importante fator limitante no recrutamento de larvas, ainda mais do que a disponibilidade de presas das larvas. Assim, há evidencias que convergem para um consenso de que haja uma metapopulação evolutivamente bem conectadada, mas ecologicamente distinta, no sul do Mar do Norte.


Arquivo em anexo: Cartaz do evento