Aluna do CB é destaque na Wuhan University da China
A aluna Amanda Cabral, formada este ano em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), teve uma experiência marcante durante o período da graduação. Ela passou dois anos participando de um intercâmbio na China. Em entrevista, a aluna relatou as práticas e conhecimentos adquiridos no decorrer da viagem.
Segue abaixo a entrevista completa:
Perfil:
Sou Amanda Cabral , tenho 24 anos, terminei Ciências Biológicas na UFRN (2016.1) e acabei de entrar no mestrado em Biologia Animal na UnB.
Como foi que você decidiu?
A decisão foi tomada por sentir a necessidade de ter uma experiência em um outro país, conhecer uma nova rotina laboratorial, desejo e necessidade de aprender uma nova língua.
Seus pais apoiaram?
No início foram contra, principalmente por se tratar de um país tão distante e desconhecido como a China.
Por que a China?
Nunca tive a pretensão de ir para a China, sempre achei que seria algo impossível. Mas quando resolvi me inscrever no Ciências Sem Fronteiras vi que tinha o edital aberto para China e que não exigia proficiência em chinês ou inglês, esse foi o principal estimulo de me inscrever. Outro ponto que contou foi o fato dos chineses serem bons e terem muitas publicações nas diversas áreas da ciência.
Qual Universidade você estudou lá?
Estudei chinês por 1 ano na Central China Normal University e mais 1 ano de graduação na área biológica na Wuhan University.
O que de pior aconteceu com você?
Acredito que no princípio foi saber que as aulas em chinês seriam dadas em inglês, visto que não tinha vivência e nem era fluente na língua. As primeiras semanas para se adaptar a poluição e a alimentação foram bem complicadas, pois no se que se tratou da poluição, o nariz saia um pouco de sangue por uns 3 meses até se adaptar ao clima; e no caso da alimentação, por ser muito diferente e nada com a comida chinesa que nos apresentam aqui no Brasil e eu tanto gostava, cheguei a perder 5kg em 2 semanas, mas após a adaptação ganhei 8kg e hoje sinto falta da comida de lá.
Qual a melhor experiência que esse intercâmbio lhe proporcionou?
É difícil eleger só uma experiência como a melhor. Posso dizer que: A melhor experiência foi ter o contato com pessoas do mundo todo e conseguir me comunicar com elas, pois aprendi a falar chinês e inglês. Acredito que uma nova língua rompe muitas barreiras e abre muitas portas.